Livrem-se de ser Ota-Ríos | Newcastle x SL Benfica

O Benfica entra esta noite em St. James’ Park para enfrentar o Newcastle United, e o aviso não podia ser mais claro: livrem-se de ser Ota-Ríos. A expressão, que mistura os nomes de Otamendi e Ángel Di María, resume o que o Benfica não pode ser — uma equipa dependente da experiência e do talento dos veteranos, esquecendo o coletivo e a intensidade que um jogo da Liga dos Campeões exige.

Nos grandes palcos da Europa, o nome não chega. O que faz a diferença é a organização, energia e concentração. O Newcastle é o exemplo disso: uma equipa que, mesmo sem estrelas mundiais, joga como um bloco, com intensidade máxima e total compromisso com o plano tático de Eddie Howe.

O Benfica, por outro lado, tem alternado entre lampejos de genialidade e momentos de descontrolo. Otamendi é o líder, Di María é o cérebro criativo, mas o sucesso europeu depende da resposta dos outros — dos jovens como João Neves, António Silva, e Florentino Luís, que precisam mostrar que também são protagonistas e não meros coadjuvantes.

Este é o tipo de jogo em que o Benfica precisa deixar de ser um conjunto de nomes e tornar-se uma equipa.

A força física e a velocidade do Newcastle podem expor as fragilidades defensivas dos encarnados, principalmente nas laterais. O desafio para Roger Schmidt é encontrar equilíbrio: defender com blocos curtos, mas sem abdicar da saída rápida e da criatividade no último terço.

Se o Benfica quiser pontuar em Inglaterra, vai precisar de mais do que garra — vai precisar de inteligência e de alma coletiva. Caso contrário, corre o risco de ser, mais uma vez, Ota-Ríos: dependente de dois gigantes que já fizeram muito, mas que não podem fazer tudo sozinhos.

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